segunda-feira, 2 de março de 2009

Relações.

Eu ia escrever sobre como tratam os doentes.
É, ia parecer que eu estava só reclamando e ia ser isso também.

Mas, por acaso, eu pensei nesses dois últimos meses, que acabaram no último sábado, e percebi que minhas reclamações seriam superficiais.

As minhas reclamações seriam quando as pessoas acham que por alguém estar doente podem dar qualquer opinião. É, reparem nisso. Desde de "acho que tu não devia fazer isso", até, "na minha opinião tu está cansado" passando por, "isso não serve para ti".
As pessoas doentes não perdem a razão (a não ser que perder a razão seja a doença), lembrem-se disso.

Desisti de fazer um texto assim quando percebi o quanto meu quadro mudou durante esse ano, que mal começou. Eu mesmo me assustei. O Leonardo do 1º de Janeiro parece estar em outro mundo agora.

Não sabemos o que está se passando na cabeça daqueles que nos rodeiam, não tem como saber. O que angustia, o que faz esperar, o que faz agir, o que faz sorrir. E mesmo que a gente ache que entenda um pouco do outro, logo vai mudar.
Olhando assim, fico pensando em como estruturamos as nossas relações.

Minha revolta, que seria o início deste texto, se transforma em um apelo ao entendimento, a confiança e a sinceridade.

5 comentários:

Daiane Silveira disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Daiane Silveira disse...

Oi queridoooo...
Só pra dizer o quanto estou emocionada ao ler cada palavra que você escreve....


Te adoro muuuito...

Acho que cada vez mais...


Orgulho eterno de você!!!!


Beijinhuuuxx.
Dai Silveira

Anônimo disse...

Voltando a comentar.
Filmes pra te indicar, caso queiras é claro...
Se ainda não viu "the dreamers" ou "Les chansons d'amour",
acho que vale a pena.
Curiosas relações interpessoais, com outro foco.

Mais do que fazer o melhor que podemos, fazer da melhor forma que podemos.

Abraço Léo.

Victor Albaini disse...

Acho que é inevitável relacionar o Léo à doença quando ela nos afasta de ti na maior parte do tempo e fica martelando na cabeça de quem tem vontade de te ter por perto. É inevitável não se preocupar e fica difícil manter momentos de "vida normal" quando a gente se depara contigo, mesmo existindo muitos assuntos alheios à tua saúde.

A gente tenta nem se importar, mas não dá. Estava torcendo para ter a tua presença constante outra vez e não precisar mais dar este tipo de "explicação", já que a toca também me serviu, por ver esgotados os assuntos sobre saúde e as perguntas do tipo "como está o tratamento".

E eu sei que as tuas reclamações não eram quanto a isso, mas disse o que tinha para dizer, em parte.

Sobre o teu cargo público, ainda há o bom e velho mandado de segurança, por que não tentas? Se não tentou, arranja uma boa desculpa, porque eu vou cobrar.

E... O que mudou desde janeiro foi comportamental, também, caso não tenhas visto.

Um post num comentário, como de hábito.

Abraço

Anônimo disse...

Opa, um novo Léo? Bem, o que "conheço" virtualmente sempre foi muito legal! Deves estar legal+!
Mil bjs!
Tê!