quarta-feira, 30 de março de 2011

O fim, enfim.

O que acontece entro o apito inicial e o final?
O que se passa entre o primeiro olhar e o último adeus?
Entre o primeiro dia e a formatura? O que torna um diferente um igual?
Que faz a trama acontecer? O que forma os pensamentos teus?

Celebra-se o fim pela importância do meio.
Por ter sido superado ou vivido.
Que tenha sido aventura ou passeio.
Seja lá o efeito que tenha surtido.

O fim também é início.
Afinal, sempre se dá o próximo passo.
Depois do final, um novo princípio.
Com um pouco de bagagem a mais.
De alguma forma, mais perto da paz.

terça-feira, 22 de março de 2011

Me sento e olho para a tela.
Deixo escorrer o que existe de poesia.
Não gosto de pensar o que se faz dela.
Que saia, e em algum lugar provoque alegria.
ao menos algum conforto ou reconhecimento,
de tamanho igual ou maior,
do que tenho no momento,
que sento e olho para a tela.
e deixo escorrer o que existe de poesia,
sem ideia do que faz dela,
se talvez alguma alegria,
se algo do melhor, se algo do pior.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Sobre semear e colher

Plantar sempre,
Para a colheita surgir,
Assim, de repente,
Quando se pensar em desistir.

Semear em tudo um futuro.
E o trajeto, por mais duro,
Nunca será insuperável.
O segredo então,
é manter-se incansável
espalhando as sementes,
com o que se pensa e se sente,
sinceridade no sim e no não.
Até que se pense em desistir,
e a colheita, assim de repente,
surgir.

domingo, 13 de março de 2011

Das autorias das poesias

Digo,
com a garantia
dos meus olhos vermelhos,
Que toda poesia,
pode e deve eternizar,
deve-se lembrar porém,
que ela é escrita,
por uma só mão,
que obedece um solitário coração.

E também posso dizer,
com o respaldo do que aperta o peito,
que cada poesia alegre,
sem que nada possa ser feito,
hora ou outra,
se dissipa no ar,
e passa a dar lugar
a outro tipo, mais abundante:
aquelas tristes, inquietantes,
escritas por suspiros
que nos enchem de vazio.

quinta-feira, 10 de março de 2011

De vez em quando parar,
olhar as próprias pegadas.
Re-pensar sem re-sentir.
As cicatrizes contar,
e refletir.
Não se bebe águas passadas.
Não se evolui com o passado na bagagem.
O próximo destino
é o único sentido
desta viagem.