domingo, 26 de setembro de 2010

Ausências que se tornam presentes
e presentes que demarcam as ausências.
Sabe-se lá que vai vir.
Mas virá e vamos viver.
Pronto.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Eu, minha bússola e a busca pelo Norte.

É como estar perdido
e conhecer o caminho.

Caminha-se seguindo a bússola,
mas o Norte parece longe demais.

Aqui, mais pro Sul,
o horizonte hipnotiza,
a paisagem inspira,
os sonhos se aspira.

Talvez sejam pedras demais no caminho.
Talvez seja um caminho com pedras demais.

Me nego a voltar,
só resta subir nas pedras
e pular de cima delas.

E, claro, acreditar na bússola.
Aí embaixo tem mais um minicapitulo do miniromance chamado Carona.

Fazia tempo que não saia um novo minicapitulo, então, quem quiser ler os outros clica ali do lado onde diz Carona e divirta-se.

Cumprimentos.
Carona - Um mini romance em mini capítulos
Mini Capitulo 6
I want you (2)
.

Mão na coxa. Coxa na mão. Rosto no rosto. Mão no cabelo. Pé na coxa. Rostonorosto. Mão na nuca. Pé na perna. Boca na boca. Mão na bunda. Pé ali. Lingua na lingua. Coxa na coxa. Mão na cara. Pé aqui. Boca no pescoço. Mão no peito. Pé acolá. Boca na mão. Barriga na mão. Mão na barriga. Joelho na coxa. Boca no peito. Mão lá em baixo. Pé na barriga. Pé sobre pé. Mão lá em cima. Joelho no joelho. Boca no rosto. Mão na boca. Pé no pé. Dente na orelha. Mão na orelha. Pé na boca. Boca no ombro. Mão na perna. Pé na bunda. Peito no peito. Barriga na mão. Mão na barriga. Joelho na coxa. Boca no peito. Mão lá em baixo. Pé na barriga. Pé sobre pé. Mão lá em cima. Joelho no joelho. Boca no rosto. Mão na boca. Pé no pé. Dente na orelha. Mão na orelha. Pé na boca. Boca no ombro. Mão na perna. Pé na bunda. Peito no peito. Mão na cara. Pé aqui. Boca no pescoço. Mão no peito. Mão na coxa. Coxa na mão. Rosto no rosto. Mão no cabelo. Pé na coxa. Joelho no joelho. Boca no rosto. Mão na boca. Pé no pé. Dente na orelha. Mão na orelha. Pé na boca. Boca no ombro. Mão na perna. Pé na bunda. Peito no peito. Boca no rosto. Mão na boca. Mão na orelha. Pé na boca. Boca no ombro. Boca no pescoço. Boca aberta.
 .
- Nossa. Essa música não acabava nunca.
- Nunca.
- Vamos sair daqui?
- Vamos. Rápido.
.
Liga o carro.
Bota o cinto.
.
Baixa o volume do rádio.
 .
Liga o pisca.
Acelera.

sábado, 18 de setembro de 2010

Toda essa inquietação.

Inquieto-me.
Me mantenho em movimento.
Consigo desviar do sofrimento.
Acabo por desrespeitar o corpo.
Acabo por ignorar o tempo.

Inquietando-me,
cresço, perco,
grito e canto.
Construo poesia simples,
querendo provocar, quem dera, sorriso aqui,
e, quiçá, acolá um afago.

Inquieto-me
em busca do próximo.
O que está ao lado, e o que advir.
Para servir ou ser auxiliado.
Para resolver ou resistir.

Inquieto-me inquietando-me quanto à inquietação.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Faço algumas imagens.
Escrevo algumas palavras.
Escuto algumas canções.
Compartilho alguns momentos.
Suo.
Espero algo me surpreender.

Um pouco de imagens.
Um pouco de palavras.
Um pouco de bom som.
Um pouco de adrenalina.
E alguma noticia que surge de repente.

Dá pra viver assim.
Disse aquele homem-poeta-cantor que chega roda-viva e não sabemos onde iremos parar. Tenho pra te dizer, Chico, que o destino vai pra lá, vai pra cá, e sempre acabamos regressando, ou quase no mesmo ponto. O prazer disso tudo é que a cada volta da roda temos mais uma chance. Talvez tenhamos evoluído, talvez regredido. Talvez tenhamos mais certeza, talvez menos. Seja como for, está tudo ali novamente. Tudo em outra posição, mas tudo no mesmo lugar. Tudo novo e tudo velho. Sabe, no fundo é a repetição que ensina. Sempre pode-se acertar na próxima vez. Até que chegue a última.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

completando o album

Decidi.
Decidi o que farei da vida.
Vou colecionar.
Colecionar vácuos.
Individuais, em duplas e em grupos.
É lá que o sorriso brota.
É lá que simplesmente somos.
Vácuos.
Rezados, meditados, drogados, inesperados.
Sejá lá qual for a forma deles.
Vou aumentar logo minha coleção.


Vamos trocar figurinhas?

sábado, 4 de setembro de 2010

Sobre esse estado de nós dois.

Durmo, leio, como.
Corro, vou, venho.
Bebo, caio, levanto.
Grito, silencio, respiro.
Sorrio, choro, sonho.

E para tudo isso me inspiras.
Devíamos assumir que nos bastamos.

Mas sempre tem o resto do mundo para atrapalhar.