quarta-feira, 27 de abril de 2011

E eu aqui, comendo mariolas.

Tem gente que escreve um bilhete.
Outros, assistem um gol na televisão.
Uma criança voa num patinete.
Alguém descobre o primeiro acorde no violão.
Dois carros batem, seus donos gritam.
Duas pessoas se cumprimentam e se vão.
Um homem olha a amada dormindo.
Ela acorda e os dois se olham.
Infelizmente tem que dizer que está indo.
Uma mulher toca a campainha.
A porta abre. "só vim dar uma passadinha".
Um velho grita com sua vizinha.
Um moleque chuta uma pinha.
Senhor sai satisfeito do restaurante.
O moleque tropeça e se esfola.
Tudo isso em instantes.
E eu aqui, comendo mariola.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

"basta veer, el reflejo de tus ojos en los míos"

sábado, 9 de abril de 2011

Se sabe com certeza,
que do inesperado podem surgir alegrias,
que o não programado pode terminar com a tristeza.
Esquece-se também,
que em tudo existe equilíbrio,
Tudo vai e tudo vêm,
e o inesperado, por ser justo,
não distribui aleatoriamente alegrias somente,
com acerto, sem desperdício,
sucita em um só susto,
sentimentos de toda variedade.
Que se mantenha dito,
a maior das verdades:
o inesperado não toma partido.

sábado, 2 de abril de 2011


Tem coisa que não explicamos.
e destas, prefiro as que não percebemos.
Tá, percebemos. Porém, sempre tarde.
Antes que capazes de compreender sejamos,
atingidos, e até abatidos, somos.
Não há previsão que exista, elas vem de toda parte.
Como prever quem vai entrar pela porta,
e te convidar prum chopp ou prum café?
Como escolhes o que te importa?
Como escolhes quem te importa?
Ou quem pegar no pé?
Tem coisas que acontecem.
E não explicamos.
Poderosas, se sucedem.
Desimportantes, vivamos.