terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Acho que é como ser um peixe do mar.
Vem uma correnteza e nos leva para um lado.
Quando se sobe até a superfície, chegam ondas e nos empurram.
Mas sempre, sempre se pode nadar.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Tentei escrever.
Não ficou bom.
Início mal definido.
Meio muito cheio de relações, conexões, subtramas e afins.
Fim, sem perspectivas.
Não ficou bom.
Tentei escrever.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Timing

Nessa dança de atos,
Vivemos entre as consequências,
De cada escolha.
E sucessos e insucessos,
Continuam a se suceder.


Tem que ser no tempo certo.
O toque na bola.
O negócio a ser fechado.

O gesto.
A palavra.
A ação.
O abraço.


O tempo certo passa.
Ou não chegou.
Ou ainda, a gente pode faze-lo.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Humildes conselhos que chegam do meu mundo ideal.

Sempre que der, sinceridade.
Quando possível, peito aberto.
Assim que conseguir, corra para um lugar novo.
Sempre que der, aceite mais um abraço.
Quando possível, segure a mão.
Assim que conseguir, corra para outro lugar.
Sempre que der, sorria.
Quando possível, aproveite o silêncio.

Assim que conseguir, diga que ama.

Eu e minhas ilusões.

Ingênua ilusão de que dessa vez daria certo.
Ingênua ilusão de que encontraria duma vez o pra sempre dos livros.
Ingênua ilusão de que quando mais se é simples, mais simples as coisas ficam.
Ingênua ilusão de que acreditando as coisas funcionam.
Ingênua ilusão, à qual devo todos os melhores momentos.
Ingênua ilusão, à qual dedico meus dias.
Ingênua ilusão, que no final das contas me define.
A cada novo sonho, ela se faz presente.
A cada sonho realizado, ela se muda para um novo.
A cada sonho que se desfaz, ela parece ganhar força.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Espiral.

Tudo o que há,
Acaba por se organizar,
E estabelecer uma pequena ordem,
Que logo vem a se esfacelar.

Então, seguimos todos,
Teorizando sobre como voltar,
Então, novos bobos,
Decidem recomeçar.
E tudo que há,
Volta a se ordenar.

Parece que andamos em circulo
Mas a cada volta, vamos mais fundo.
Sem perceber, espiralamos.

E o centro,
Imenso e profundo,
Nos espera para revelar a verdade,
Ou apenas determinar o fim.


Fim.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Escolhe

Escolhe daqui,
Escolhe dali.

Depois de feito,
esquece o que tem do outro lado.
Ou tente pegar um atalho.

Escolhe daqui,
Escolhe dali.

Acredite, sempre acontece,
Escolherás, para um lado ou para outro.
Esteja em busca do barro ou do ouro.

Escolhe daqui,
Escolhe dali.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Teus grampos de cabelo.

Teus grampos de cabelo ficaram no meu carro. Assim como tuas frases, tua gargalhada e aquele movimento diferente com os olhos que tu faz. Penso em outra coisa, trabalho, viajo, crio, recrio, clamo e declamo. E teus grampos de cabelo aparecem no meu bolso. Acho que guardei de um dia que tu deixou cair ou eles ficaram entre meus dedos quando te fiz um cafuné. Sigo minha vida, faço novos contatos, sorrio, choro, planejo, remanejo. E algumas lembranças tomam conta dos meus pensamentos. E teus grampos de cabelo ficaram nos meus pensamentos. Pensamentos que vão longe e me deixam sei lá onde. Já desisti de domá-los, agora só os uso pra me decifrar. Vou para lá e vou para cá. Tento escolher, o próximo passo. Ás vezes caminhamos juntos.  E é bom. Sorrimos, trabalhamos, sonhamos, enlouquecemos, provocamos, capturamos, misturamos, até já choramos. E quando caminhamos juntos, sobram grampos pela estrada. Escrevo, gravo, canto, toco, componho, fotografo. E teus grampos de cabelo estão na minha mochila. Vai saber como chegaram ali. Deve ter sido em algum momento que tu quis mudar o estilo, ou o ventou te ganhou. O tempo vai passando e de  vez em quando enxergo num canto um grampo esquecido. Sempre os deixo onde estão. Faz tempo que não encontro um novo. Dia desses caminharemos juntos, nos misturamos mais um pouco e me sobram mais alguns grampos.


















Teus grampos de cabelo ficaram no meu teclado.















Quiçá no meu coração.