Era sempre a mesma coisa.
Ele estava cansado disso.
Não podia continuar assim.
Ele merecia muito, muito mais.
Ela não tinha direito de fazer isso.
Ela não podia ignora-lo.
Ela não mudava de atitude nunca, merecia uma resposta.
A conversa era sempre a mesma, sempre.
Ele já podia ouvir as palavras dela antes mesmo de vê-la.
Dessa vez ele ia mudar isso. Não podia continuar assim.
Ele caminhou em direção a ela, concentrado, determinado a mudar aquela rotina.
Passos lentos, olhar firme, como um caçador atrás da vítima.
Mas...
Quando ela o olhou com aquele olhar inesquecível e lascivo, ele se desarmou. E nada mudou, a conversa foi a mesma de sempre.
"oi. Pra ti?"
"4 pães, por favor"
"hum..."
...
"mais alguma coisa?"
"não. só."
"obrigada"
"valeu..."
quinta-feira, 23 de abril de 2009
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4 comentários:
mto bom,
seja o que for.
mas bom mesmo
Amor de padeira é bonito, mas o de garçonete é insuperável.
O cheiro do Ralo.
muito bom léo!
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