terça-feira, 14 de abril de 2009

O diferente

Lá estava eu, entre 40 ou 50 pessoas. O espaço é pequeno e todos se aglomeram. Eu de máscara, minha mãe ao meu lado. Aos poucos, as pessoas começam a ser chamadas e direcionadas, minha mãe inclusive.
Algum tempo depois, lá estava eu, entre 20 ou 30 pessoas. 20 ou 30 pessoas que faziam um círculo na minha volta, enquanto conversavam sobre suas desventuras, e deixavam ali, isolado, o cara de máscara.
Não, não me senti chateado, até pq eu realmente estava querendo ficar sozinho e quieto. O que faz pensar é que eu recebi o resultado do exame que me permitia tirar a máscara na tarde do mesmo dia do acontecido, mas tem pessoas que carregam diferenças que não saem como uma máscara.
Talvez seja natural do ser humano se distanciar do que lhe é estranho, talvez seja mais fácil ignorar e seguir, talvez seja mais fácil não se envolver.
Não posso afirmar nada além do fato de que, se eu sofresse esse tipo de coisa todos os dias ia realmente precisar juntar toda a minha paciência, toda a minha compreensão e toda a minha coragem cada vez que fosse sair de casa.




Frase de filme: 'ela nem sabe meu nome de verdade'

3 comentários:

Unknown disse...

Lindo Leo!!

Como sempre acho...

Beijo

Rafael Petry disse...

enfim, todos humanos, não é mesmo?
viva a isso. :D

Victor Albaini disse...

A mãe e o pai perguntaram por ti... Tu ta onde?