quinta-feira, 23 de abril de 2009

Da série Sentimentos sem sentido - 1

Era sempre a mesma coisa.
Ele estava cansado disso.
Não podia continuar assim.
Ele merecia muito, muito mais.
Ela não tinha direito de fazer isso.
Ela não podia ignora-lo.
Ela não mudava de atitude nunca, merecia uma resposta.
A conversa era sempre a mesma, sempre.
Ele já podia ouvir as palavras dela antes mesmo de vê-la.
Dessa vez ele ia mudar isso. Não podia continuar assim.

Ele caminhou em direção a ela, concentrado, determinado a mudar aquela rotina.
Passos lentos, olhar firme, como um caçador atrás da vítima.
Mas...

Quando ela o olhou com aquele olhar inesquecível e lascivo, ele se desarmou. E nada mudou, a conversa foi a mesma de sempre.

"oi. Pra ti?"
"4 pães, por favor"
"hum..."
...
"mais alguma coisa?"
"não. só."
"obrigada"
"valeu..."

4 comentários:

Victor Albaini disse...

mto bom,
seja o que for.
mas bom mesmo

Bernardo disse...

Amor de padeira é bonito, mas o de garçonete é insuperável.

Andréa Schönhofen disse...

O cheiro do Ralo.

Unknown disse...

muito bom léo!