segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Do Pouco que é muito. E do Resto que parece tudo.

É preciso Pouco. Mas é difícil de conseguir.
O Pouco se esconde no Resto.
O Resto distrai e nos afasta do Pouco.
O Pouco é leve. Não pesa.
O Resto nos envolve e parece banal.
O Resto banal acaba por pesar.
E o peso do Resto, afasta da leveza do Pouco.
E o Pouco, que é tão pouco, começa a parecer muito.
E por parecer muito, e estar por trás do Resto, desiste-se do Pouco.
Sem o Pouco no horizonte, nos perdemos no Resto.
E o Resto pesa.
Pesa e distrai.
E o Pouco fica longe.
Cada vez mais.

Um comentário:

Anônimo disse...

"Sofremos muito com o pouco que nos falta e gozamos pouco o muito que temos." William Shakespeare

Adoro ler os teus escritos! És incrível!