quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Abriu os olhos.
Estava na hora.

Abrius os olhos.
Estava na hora.
Era fim d'um abraço.

Abriu os olhos.
Estava na hora.
Era fim d'um abraço.
A hora de abrir a porta e ir.

Abriu os olhos.
Estava na hora.
Era fim d'um abraço.
A hora de abrir a porta e ir.
Girou sobre os calcanhares e só sabia sentir.

Abriu os olhos.
Estava na hora.
Era fim d'um abraço.
A hora de abrir a porta e ir.
Girou nos calcanhares e só sabia sentir.
Abriu o coração.
Passava da hora.

Abriu os olhos.
Estava na hora.
Era fim d'um abraço.
A hora de abrir a porta e ir.
Girou nos calcanhares e só sabia sentir.
Abriu o coração.
Passava da hora.
Abriu a boca e palavra se diluiu no espaço.

Abriu os olhos.
Estava na Hota.
Era fim d'um abraço.
A hora de abrir a porta e ir.
Girou nos calcanhares e só sabia sentir.
Abriu o coração.
Passava da hora.
Abriu a boca e palavra se diluiu no espaço.
Quis um outro abraço.

Enfim aceitou o silêncio e os clichês,
esperando que eles pudessem dizer,
todo o sentimento sentido,
que não tinha nome aparente,
que queria sair mas não sabia
que no momento se escondia,
para ficar mais evidente.

Um comentário:

Victor Albaini disse...

O bom da saudade dos vivos é que ela é apenas uma potencialidade. E matar uma boa saudade é o melhor dos assassinatos.