quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

   Acabo de ler 10 dias de uma jornada de 30 que um amigo/conhecido (sei lá que ele me considera) escreveu. Li em velocidade alta. E no momento estou pensando no ritmo que a velocidade da minha leitura deu ao texto dele. Ou no ritmo que o texto dele deu a velocidade da minha leitura. Na verdade acho que meu pensamento ta acontecendo, literariamente (existe, essa palavra?) falando, no estilo dele.
   Também penso nela. Não ela do texto/livro dele. Ela do meu texto, deste texto, que lês sei lá porque. A ela do meu texto nem é ela a tanto tempo, mas me parece que sim.

   No fundo não sei se sou ele para ela. Mas sou alguma coisa. Hoje, do nada, parecíamos discutir. Um tempo depois parei para pensar no motivo. Não encontrei. Falei com ela, ela também não encontrou. Acho que é só a indefinição. Indefinição por tudo.
   Uma vez uma amiga nos ajudou a definir: nos misturamos e isso já era inevitável. Mas e daqui pra frente? Na verdade, e agora? Convenções, situações, emoções, lógicas ilógicas, por vezes chantagens, por algum instantes a razão, mas na maioria deles a emoção. E ainda não se descobriu qual o caminho.
  Estou aqui, em frente ao computador no quarto mais quente da casa. Á minha direita, um espelho. Encaro-o. E ao encarar vejo refletido as marcas da maior "paulada" que já levei da vida. O que mudou desde então? O que mudou em mim?
   Em algumas coisas me vejo mais seguro, de outras me vejo mais dependente. Mudou muita coisa.
   E novamente me aparece ela entre as lembraças. Faz parte da minha mudança. Ela me mudou. Ou eu mudei com ela. Ou nos mudamos. Acho que ela não acredita nisso. Ou não tem noção de que comigo isso aconteceu.
   Parece que o tempo nos enganou e não foi tão pouco tempo que passou.
  Sabe-se lá que vai acontecer. É o meu pensamento. E isso faz dias. Não só sobre ela, mas sobre tudo.
  E nesse vácuo da minha vida, que em algum tempo será lembrado entre sorrisos como "o tempo que fiquei tentando me encontrar" escrevo aqui algumas verdades.
  Minhas verdades.
  E verdade de agora somente.
  Das 15 horas. Do dia 5 de Janeiro de 2011.

2 comentários:

Victor Albaini disse...

Gostei muito do que eu li. A maneira com que tu encaras o teu amadurecimento é sempre boa, corajosa, de peito aberto. Gosto disso...

Abraço

Helena Moschoutis disse...

As coisas nos mudam, mas a doçura permanece!
Te adoro.