segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Esta noite não dormi direito. Praticamente não dormi. Toda tristeza e todo drama não saiam da minha cabeça. Passei a noite lembrando das vezes que enxerguei a morte como possibilidade e tentando não questionar os motivos de uns chegarem perto dessa fronteira e voltarem e outros não.

Comecei um texto que não consegui terminar.

"Há de se chegar um tempo que se possa viver de forma plena.
Há de chegar um dia em que seremos capazes.
Em quantos dias dormimos com a certeza de que tudo foi dito?
Todos os dias a vida e a morte nos rodeiam e conduzem nossos passos. Muitas vezes ignoramos. E não é de se estranhar: ás vezes a vida e a morte parecem nos ignorar. Passamos os dias sem abraçar a vida e sem sentir a ameaça da morte, sem perceber que tudo não passa de um equilibrio entre as duas. Cada passo e cada gesto só existe porque a vida e a morte vivem a testar os limites uma da outra. A cada avanço da morte, a vida grita aos nosso olhos.
Uma vez na fronteira, se sente todo o peso do tempo. Mas, como fazer no dia seguinte?"

Hoje despertei sem a certeza de ter dormido, mas certo de que não sonhei.

Vivemos administrando constrastes, no dia seguinte, a vida grita aos nossos olhos, querendo saber o que fizemos dela. Porém, há de se viver. E espero que aprendamos como.

Um comentário:

MARIA, L.P. disse...

Breve.
Muito breve a vida...